Na próxima semana tenho que fazer um exame no hospital público a que pertenço. Como tal, fui literalmente obrigada a fazer o teste ao COVID-19.
Hoje foi o dia!
De tanta coisa que se escreve, ainda não li ninguém que tenha falado desta experiência: o teste ao COVID-19.
Vergonha? Tabu? Não sei, talvez, mas já me conheces, eu gosto de escrever sobre o que me impacta. E esta experiência impactou-me e muito.
Estavam duzentas pessoas para realizar o teste. Sim, leste bem, duzentas pessoas. Eu estava marcada, foi muito rápido.
O que me chamou a atenção? Os testes são realizados em cadeiras, colocadas no exterior, à frente de toda as pessoas que estão na fila. É inevitável não olhar.
Via as pessoas agarradas à cara, a chorar, com uma expressão de dor. Fiquei agitada. Comecei a sentir o coração bater mais depressa. Comecei a pensar: será que o técnico é bruto? Será aquela pessoa mais sensível que eu?
Comecei a ouvir comentários, entre os funcionários do hospital, “isto é horrível. Hoje ainda estou mais nervosa, só de pensar que vou repetir este teste.”
O meu sabotador interno começa a disparar: “Oh não! A Paula tinha razão! (uma amiga minha que fez o teste esta semana e disse-me que ia morrendo). Mas tu não vês notícias? Como é que nunca ouviste falar que o teste custa fazer? Como é possível que façam isto à frente dos outros? Como é que quem está na fila continua a olhar? Mas tu também estás a olhar!!! (virei-me de costas). Patrícia, tu tens sinusite, e vai ser horrível. A Paula avisou-te e tu não quiseste acreditar. Bla bla bla”.
O meu sabotador interno não se calava. Aí, apercebi-me que tenho recursos para superar esta situação.
– Patrícia Romão? – chamou a técnica, enfermeira, ou raio que seja a senhora que me chamou. Estava no seu fatinho de astronauta, como manda a regra. Era simpática. Os olhos sorriam.
– Sou eu!
Perguntei: “Então e agora?”
– Preciso que se porte bem. Vou fazer-lhe uma maldade.”
Senti-me criança novamente. Imaginei quando fazia birras para me tirarem sangue (tinha fobia a agulhas, mas isso fica para outra vez). E de repente, foquei-me.
Imaginei-me numa praia de água azul, transparente. O barulho da água, a rebentação das ondas… e relaxei todo o meu corpo.
Foi uma narina. As lágrimas corriam pela cara abaixo. É uma reação orgânica do corpo.
– Uau. Você portou-se lindamente.
Ufa. Já está ! – pensei eu.
– Falta a outra narina.
Sério?????? Ok, lá vou novamente para a praia.
Custou muito mais esta narina. A praia quase que fugia, mas eu agarrei-a.
– Pronto! Muito bem! Só falta a garganta.
– SÉRIO?????? – Desta vez verbalizei.
Lá fui eu para a praia novamente.
– Pronto! Agora, acabou de vez. Você portou-se lindamente – disse a senhora de olhos afáveis com cara de espanto. Deve ser raro.
Custou bastante. Fiquei ainda mais sensibilizada para manter os comportamentos cuidados que tenho e com mais atenção ainda. Espero nunca mais repetir esta experiência e quero que os meus filhos nunca passem por esta sensação.
Valeu-me muito, esta técnica de visualização e projeção. Viva a PNL. Agradeci mais uma vez, por ter feito formação nesta área. Mudou , e continua a mudar, a minha vida para sempre. Lembrei-me que DEVO fazer chegar esta formação ao maior número de pessoas possível, para que também as suas vidas mudem… para sempre.
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Uma resposta
A minha sorte é que eu fiz numa salinha sozinha, sem 200 pessoas a olhar para mim e sem ver a reação dos outros. Custa horrores!
Desta vez que voltei a repetir custou menos um bocadinho. Já estava preparada para o que ia acontecer e obriguei-me a descontrair e a focar-me bem dali para fora.