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O “NÃO” na primeira pessoa!

Olá!

O meu nome é Isabel, tenho 45 anos, sou formadora desde 2001 e tenho uma pequena empresa de prestação de serviços.

Muito embora, durante décadas, não o tenha reconhecido, sou uma pessoa que tem enormes dificuldades com a crítica em contexto profissional e por consequência tenho uma enorme dificuldade em dizer “não!”.

Quando quero dizer que não, a primeira coisa que me vem à cabeça é a crítica alheia e é perder pontos com o meu cliente, por exemplo.

Foi sempre assim: com professores, formandos e clientes. O problema é quando não conseguir dizer “Não!” nos coloca em risco a vida profissional, a vida familiar e até mesmo a integridade física e mental.

Em 2017 eu estava a fazer o meu segundo mestrado, dava formação e tinha 12 clientes no meu negócio. As exigências dos professores, a benevolência com que eu respondia gratuitamente a todas as mensagens de formandos e ex formandos que me faziam perguntas para negócios como o meu e a disponibilidade de editar fotografias à meia noite porque o cliente “precisava já!”, fez com que eu conhecesse um palavrão chamado “procrastinação” e outro chamado “bloqueio”. Comecei a fugir, literalmente, de tudo e todos, tentava fazer tudo ao mesmo tempo, achava que estava sempre tudo mal feito e não tinha prazer em fazer NADA! Quando digo nada é mesmo NADA. Nem estar acordada.

A minha qualidade de vida decresceu de tal maneira que eu achava que era um lixo humano.

Este período culminou, no dia 7 de Junho, num acidente de viação, porque adormeci ao volante. Eu tinha exames para fazer, notas para dar, estavamos no começo do verão para um cliente que trabalha com “saldos”, “novidades”,etc.

Como costumo dizer: “espetei-me!”. E espetei mesmo. Ao comprido. Quando acordei do acidente entrei em pânico: “eu matei alguém!”. Nunca conseguirei traduzir em palavras o desespero que é pensar que se matou alguém.

Nessa altura, o médico deu-me um novo palavrão para eu digerir: Burnout.

O Burnout trás com ele muitas coisas, nomeadamente a depressão. Perdi tudo. Perdi amigos, perdi o trabalho, perdi a empresa.

Estaria aqui horas a explicar como me reergui, mas posso só dizer que isso me valeu 30 kilos a mais e um fígado minado por tanto comprimido.

Hoje estou “curada”. Faltam-me 7kg, consigo trabalhar com gosto, trabalho atempadamente, reabri o meu negócio. Tenho horários, escolho clientes que me respeitam (há muita gente tóxica por aí que adora esta fragilidade). De todas as maneiras, como tenho medo de uma recaída, comecei a fazer o curso da Patrícia Romão, o “Refina-te”.

Ela é só a cauda do cometa que nos orienta. Não há magia neste processo. Há uma enorme luta, um enorme envolvimento e esforços diários de quem se quer comprometer com esta evolução. A única coisa mágica são as mudanças que começam a aparecer na nossa vida…

Comecei a ver as coisas de “dentro para fora” e… Os módulos, os vídeos, os exercícios que fazemos, remetem-nos para a nossa vida, o nosso interior e nem sempre isto é bonito. Às vezes parece que levamos com toda a força com uma frigideira na cabeça, quando tomamos consciência dos nossos atos, mas depois faz-se luz!

Os progressos têm sido bons. E a prova disso é o que vou dizer a seguir:

Não vou contar tudo já. Preciso de tempo para estruturar este depoimento e explicar em consistência, tudo o que este curso fez por mim. Obrigada pela vossa compreensão.

Isabel

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